quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Dia das bruxas


Dia das bruxas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Nota: Halloween redireciona para este artigo. Para outros significados, veja Halloween (desambiguação).
Dia das bruxas

O Dia das Bruxas (Halloween é o nome original na língua inglesa e pronuncia-se:  /hæləʊˈiːn/ ; /hæloʊˈiːn/ ) é um evento tradicional e cultural, que ocorre basicamente em países de língua inglesa, mas com especial relevância nos Estados Unidos, Canadá, Irlanda e Reino Unido, tendo como base e origem as celebrações dos antigos povos (não existem referências de onde surgiram essas celebrações)


História


Um cartão comemorativo do Halloween.

A origem do halloween remonta às tradições dos povos que habitaram a Gália e as ilhas da Grã-Bretanha entre os anos 600 a.C. e 800 d.C., embora com marcadas diferenças em relação às atuais abóboras ou da famosa frase "Gostosuras ou travessuras", exportada pelos Estados Unidos, que popularizaram a comemoração. Originalmente, o halloween não tinha relação com bruxas. Era um festival do calendário celta da Irlanda, o festival de Samhain, celebrado entre 30 de outubro e 2 de novembro e marcava o fim do verão (samhain significa literalmente "fim do verão").

A celebração do Halloween tem duas origens que no transcurso da História foram se misturando:


Origem Pagã

A origem pagã tem a ver com a celebração celta chamada Samhain, que tinha como objetivo dar culto aos mortos. A invasão das Ilhas Britânicas pelos Romanos (46 A.C.) acabou mesclando a cultura latina com a celta, sendo que esta última acabou minguando com o tempo. Em fins do século II, com a evangelização desses territórios, a religião dos Celtas, chamada druidismo, já tinha desaparecido na maioria das comunidades. Pouco sabemos sobre a religião dos druidas, pois não se escreveu nada sobre ela: tudo era transmitido oralmente de geração para geração. Sabe-se que as festividades do Samhain eram celebradas muito possivelmente entre os dias 5 e 7 de novembro (a meio caminho entre o equinócio de verão e o solstício de inverno). Eram precedidas por uma série de festejos que duravam uma semana, e davam ao ano novo celta. A "festa dos mortos" era uma das suas datas mais importantes, pois celebrava o que para os cristãos seriam "o céu e a terra" (conceitos que só chegaram com o cristianismo). Para os celtas, o lugar dos mortos era um lugar de felicidade perfeita, onde não haveria fome nem dor. A festa era celebrada com galinhas presididos pelos sacerdotes druidas, que atuavam como "médiuns" entre as pessoas e os seus antepassados. Dizia-se também que os espíritos dos mortos voltavam nessa data para visitar seus antigos lares e guiar os seus familiares rumo ao outro mundo.


Origem Católica

Desde o século IV a Igreja da Síria consagrava um dia para festejar "Todos os Mártires". Três séculos mais tarde o Papa Bonifácio IV († 615) transformou um templo romano dedicado a todos os deuses (Panteão) num templo cristão e o dedicou a "Todos os Santos", a todos os que nos precederam na fé. A festa em honra de Todos os Santos, inicialmente era celebrada no dia 13 de maio, mas o Papa Gregório III († 741) mudou a data para 1º de novembro, que era o dia da dedicação da capela de Todos os Santos na Basílica de São Pedro, em Roma. Mais tarde, no ano de 840, o Papa Gregório IV ordenou que a festa de Todos os Santos fosse celebrada universalmente. Como festa grande, esta também ganhou a sua celebração vespertina ou vigília, que prepara a festa no dia anterior (31 de outubro). Na tradução para o inglês, essa vigília era chamada All Hallow’s Eve (Vigília de Todos os Santos), passando depois pelas formas All Hallowed Eve e "All Hallow Een" até chegar à palavra atual "Halloween".
Atualmente


Atualmente


Se analisarmos o modo como o Halloween é celebrado hoje, veremos que pouco tem a ver com as suas origens: só restou uma alusão aos mortos, mas com um carácter completamente distinto do que tinha ao princípio. Além disso foi sendo pouco a pouco incorporada toda uma série de elementos estranhos tanto à festa de Finados como à de Todos os Santos.

Entre os elementos acrescidos, temos por exemplo o costume dos "disfarces", muito possivelmente nascido na França entre os séculos XIV e XV. Nessa época a Europa foi flagelada pela Peste Negra e a peste bubônica dizimou perto da metade da população do Continente, criando entre os católicos um grande temor e preocupação com a morte. Multiplicaram se as Missas na festa dos Fiéis Defuntos e nasceram muitas representações artísticas que recordavam às pessoas a sua própria mortalidade, algumas dessas representações eram conhecidas como danças da morte ou danças macabras.

Alguns fiéis, dotados de um espírito mais burlesco, costumavam adornar na véspera da festa de finados as paredes dos cemitérios com imagens do diabo puxando uma fila de pessoas para a tumba: papas, reis, damas, cavaleiros, monges, camponeses, leprosos, etc. (afinal, a morte não respeita ninguém). Também eram feitas representações cênicas, com pessoas disfarçadas de personalidades famosas e personificando inclusive a morte, à qual todos deveriam chegar.

Possivelmente, a tradição de pedir um doce, sob ameaça de fazer uma travessura (trick or treat, "doce ou travessura"), teve origem na Inglaterra, no período da perseguição protestante contra os católicos (1500-1700). Nesse período, os católicos ingleses foram privados dos seus direitos legais e não podiam exercer nenhum cargo público. Além disso, foram lhes infligidas multas, altos impostos e até mesmo a prisão. Celebrar a missa era passível da pena capital e centenas de sacerdotes foram martirizados. Produto dessa perseguição foi a tentativa de atentado contra o rei protestante Jorge I. O plano, conhecido como Gunpowder Plot ("Conspiração da pólvora"), era fazer explodir o Parlamento, matando o rei, e assim dar início a um levante dos católicos oprimidos. A trama foi descoberta em 5 de novembro de 1605, quando um católico converso chamado Guy Fawkes foi apanhado guardando pólvora na sua casa, tendo sido enforcado logo em seguida. Em pouco tempo a data converteu se numa grande festa na Inglaterra (que perdura até hoje): muitos protestantes a celebravam usando máscaras e visitando as casas dos católicos para exigir deles cerveja e pastéis, dizendo lhes: trick or treat (doce ou travessuras). Mais tarde, a comemoração do dia de Guy Fawkes chegou à América trazida pelos primeiros colonos, que a transferiram para o dia 31 de outubro, unindo a com a festa do Halloween, que havia sido introduzida no país pelos imigrantes irlandeses. Vemos, portanto, que a atual festa do Halloween é produto da mescla de muitas tradições, trazidas pelos colonos no século XVIII para os Estados Unidos e ali integradas de modo peculiar na sua cultura. Muitas delas já foram esquecidas na Europa, onde hoje, por colonização cultural dos Estados Unidos, aparece o Halloween enquanto desaparecem as tradições locais.
Novos elementos do Halloween

A celebração do 31 de Outubro, muito possivelmente em virtude da sua origem como festa dos druidas, vem sendo ultimamente promovida por diversos grupos neo-pagãos, e em alguns casos assume o caráter de celebração ocultista. Hollywood fornece vários filmes, entre os quais se destaca a série Halloween, na qual a violência plástica e os assassinatos acabam por criar no espectador um estado de angústia e ansiedade. Muitos desses filmes, apesar das restrições de exibição, acabam sendo vistos por crianças, gerando nelas o medo e uma idéia errônea da realidade. Porém, não existe ligação dessa festa com o mal. Na celebração atual do Halloween, podemos notar a presença de muitos elementos ligados ao folclore em torno da bruxaria. As fantasias, enfeites e outros itens comercializados por ocasião dessa festa estão repletos de bruxas, gatos pretos, vampiros, fantasmas e monstros, no entanto isso não reflete a realidade pagã.
Nota

A lanterna vegetal chamada de "Jack-o'-lantern" em inglês, em Portugal chama-se coca e no Brasil existe um personagem de folclore chamado Cuca. Em Portugal, a Abóbora do Dia das Bruxas e é uma tradição ancestral.
Coca: papão; abóbora vazia (ou panela) com buracos representativos dos olhos e da boca com uma luz dentro, para meter medo, à noite.



terça-feira, 30 de outubro de 2012

20 dicas para o sucesso pessoal e profissional




20 dicas para o sucesso pessoal e profissional

Aqui vão “20 Dicas” que me enviaram há muitos anos para que você atinja o sucesso que tanto merece. Leia todas elas com muita atenção:


1. Elogie 3 pessoas por dia;


2. Tenha um aperto de mão firme;


3. Olhe as pessoas nos olhos;


4. Gaste menos do que ganha;


5. Saiba perdoar a si e aos outros;


6. Trate os outros como gostaria de ser tratado;


7. Faça novos amigos
;

8. Saiba guardar segredos;


9. Não adie uma alegria;


10. Surpreenda aqueles que você ama com presentes inesperados;


11. Sorria;


12. Aceite sempre uma mão estendida;


13. Pague suas contas em dia;

14. Não reze para pedir coisas. Reze para agradecer e pedir sabedoria e coragem;


15. Dê às pessoas uma segunda chance;


16. Não tome nenhuma decisão quando estiver cansado ou nervoso;


17. Respeite todas as coisas vivas, especialmente as indefesas;


18. Dê o melhor de si no seu trabalho;


19. Seja humilde, principalmente nas vitórias;


20. Jamais prive uma pessoa de esperança. Pode ser que ela só tenha isso.




sábado, 22 de setembro de 2012

SÓ PASSOU NO SBT - ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS - RONALDINHO GAUCHO

Fases do Pinto


Fases do Pinto

2 Anos - Inácio Pinto
4 Anos - Inocêncio Pinto
6 Anos - Lucrécio Pinto
10 Anos - Jacinto Pinto
16 Anos - Armando Pinto
20 Anos - Gastão Pinto
30 Anos - Valente Pinto
40 Anos - Amâncio Pinto
50 Anos - Modesto Pinto
60 Anos - Décio Pinto
70 Anos - Caio Pinto
Acima de 70 anos - Serafim do Pinto

domingo, 9 de setembro de 2012

Como viver assim ???????


Oi, GALERA ????

Tudo bem com vocês????

Hoje vou contar algo que acho que deveria compartilhar com vocês. Uma situação que passei logo hoje pela manhã, manhã de um DOMINGO que já comecei desejando que fosse bom:

https://twitter.com/sigapedroneto/status/244719932431024128

https://twitter.com/pedroneto21/status/244720846084665344

https://twitter.com/pedronetoreal/status/244721528674070531



Vou contar-lhe o que me ocorreu após este último tweet, de desejo muitas FELICIDADE para hoje. Sai, fui comprar para o café de manhã. Guardei minha carteira no bolso do meu calção, peguei a moto e fui. Passei o 1º sinal, mas quando cheguei no 2º, ia parando, um senhor, de moto, parou perto de mim e disse que minha careteira tinha caído, que alguém tinha pegado e então voltei na contra mão.

No meio do caminho vi um senhor no meio da pista, pegando ela no chão. Dai vi que ele tinha aberto, pegado coisas minhas e depois abriu para mexericar o que tinha dentro dela. Ao me devolver disse que já me ligar para devolver (me poupe né, com essa história). Me devolveu o que tinha pegado, com parte do dinheiro que eu tinha.

Peguei, guardei no calção de novo, mais lá frente, resolvi guardar dentro da moto e conferir se meu dinheiro ainda estava intacto. Bem, o resto estava tudo bem, mas o dinheiro, aliás a falta dele, foi também uma das causas da minha raiva. Depois pensei que algo de bom poderia me ocorrer por causa disso, por isso me aclamei mais, mas fiquei meio assim tristonho, mas inda esperançoso.

Enfim, no ao decorrer do dia fui me acalmando. Revoltado o com a cara de pau dele, o modo sem jeito e desconfiado de ter mexido nas minhas coisas e ainda por cima ter pego meu dinheiro e ter ficado com ele. Confesso não ter ficado tão furioso com o dinheiro, mas triste, apesar de pensado de que se eu tivesse realmente perdido aquele seria a gratificação, mas além disso o safado pegou minha coisas e mexeu, ficou todo desconfiado por ter feito essas duas coisas, ter mexido e pegado, além disso ele nem me avisou, nem negociou nem nada.



Queria saber de vocês, caros leitores o que vocês acham dessa história.


E ESSA FOI A MINHA HISTÓRIA DE HOJE !!!!!!!!!!!










ABRAÇOS !!!!!!!!!!!!!!!!!!!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

sábado, 21 de julho de 2012

MUITAS SAUDADE

Este Blog foi criado com o intuito de demonstrar o quão afeto sinto e os familiares sentimos e muitas saudades ainda sentimos por alguém que foi, é e sempre será um exemplo de vida por todos aqueles que passaram por sua volta.

Um sentimento de vazio, de impotência, de incapacidade e sobretudo de muitas saudade. Isso tudo isso misturado em um só coração. Um só coração não agüentaria isso se não fosse a certeza de que existe um CÉU após essa Terra onde vivemos.

Agora ao lado de DEUS PAI TODO PODEROSO, sei que meu tio está olhando, orando e intercedendo por nós aqui, seus familiares, amigos e todos aqueles que ele ajudou, pois não havia tempo ruim, nem chuva, nem sol quente, nem tempestade, nem seca que fizesse ele negar algum tipo de ajuda a alguém. 

Sempre foi um pai para aqueles que precisava.

De uma forma violenta, ele nos foi tirado. Uma forma que não faz sentido. A troco de quê? Intolerência. Ganância. Impunidade.

Um homicídio por motivo fútil e torpe. 

Um crime hediondo que não tinha razão, nem motivo de se ocorrer.

Estamos todos abalados e estarrecidos.

Amanhã fará 1 ano de MUITAS SAUDADE. E esse é um modo de demonstar todo meu afeto, carinho e a grande falta que este HOMEM me faz e faz a todos que o rodeava.

Hoje o Céu e o Firmamento estão mais brilhoso e intenso, pois uma Grande Estrela ilumina e intercede por todo aqueles que precisa de algo.

TODOS CONTRA  A IMPUNIDADE !!!!

"Tio, foi um pai pra mim. Esteve em grandes momentos de minha e sempre soube se fazer entender, ainda que com aquele jeito calado e na sua, mas nunca negou uma ajuda e um pedido. Sei que você está em um lugar bem mais agradável que este e tenho a certeza de que você sabe o tamanho da falat que você me faz. Sei que você sabe das orações que faço a você e que você está bem e intercendo, junto a DEUS PAI TODO PODEROSO, por nós aqui na terra."


MUITAS SAUDADE

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Olá Pessoal Blogueiro

Férias ....

Que bom que pude e ainda tô podendo escrever e dizer essa palavra tão desejada por aqueles que trabalham, estudam ou fazem os dois juntos.

Bem, nada de demais a dizer pra essa férias. Só que tô aproveitando da minha melhor forma possível. Em falar de aproveitar, alguém ai me dá uma dica do que fazer em tempos realmente livres, sei lá, um site um prato, um feito, uma arte, desde que seja agradável e não seja mal uso, queria que vocês me indicassem, até mesmo pra outros leitores. Vamos compartilhar aqui. Sei lá, uma dica de viagem ou algo de proveitoso, um filme, serié. Fale sobrea tal e sobre a classificação indicativa de idade.



Fico por aqui. Depois passo aqui e escrevo mais.


FIQUEM COM DEUS, MEU CAROS !!!!!!

terça-feira, 3 de julho de 2012

A

A

Bárbara Coré

Na caminhada da vida, sempre há muitos desafios, surpresas, tristezas e alegrias. 

A vida é feita assim… 

Às vezes nos deparamos com situações que nos aflingem, nos fazem sentir, e até mesmo chorar… 

Mais saiba por certo, que a cada momento da vida, cada lágrima caída, cada sorriso dado, estará tudo anotado no diário de Deus…

E pode ter certeza que em nenhum segundo, ele esqueceu de anotar. Anotou suas lutas, seus choros, mais com um detalhe, ele não esqueceu de anotar o dia de sua vitória! 

Então deixa lhe dizer: não desista de seus projetos e sonhos, porque mesmo antes de eles serem projetados por você, já foram projetado e anotado por Deus!!! 

EU ACREDITO!!!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

São Pedro

São Pedro (do grego: Πέτρος, Pétros, "pedra", "rocha"; Betsaida, século I a.C., — Roma, cerca de 67 d.C.) foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo, segundo o Novo Testamento e, mais especificamente, os quatro Evangelhos. Os católicos consideram Pedro como o primeiro Bispo de Roma, sendo por isso o primeiro Papa da Igreja Católica.





Nome e importância

Segundo a Bíblia, seu nome original não era Pedro, mas Simão. Nos livros dos Atos dos Apóstolos e na Segunda Epístola de Pedro, aparece ainda uma variante do seu nome original, Simeão. Cristo mudou seu nome para כיפא, Kepha (Cefas em português, como em Gálatas 2:11), que em aramaico significa "pedra", "rocha", nome este que foi traduzido para o grego como Πέτρος, Petros, através da palavra πέτρα, petra, que também significa "pedra" ou "rocha", e posteriormente passou para o latim como Petrus, também através da palavra petra, de mesmo significado.

A mudança de seu nome por Jesus Cristo, bem como seu significado, ganham importância de acordo com a Igreja Católica em Mt 16, 18, quando Jesus diz: "E eu te declaro: tu és Kepha e sobre esta kepha edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão nunca contra ela." Jesus comparava Simão à rocha.  Pedro foi o fundador, junto com São Paulo, da Igreja de Roma, sendo-lhe concedido o título de Príncipe dos Apóstolos. Esse título é um tanto tardio, visto que tal designação só começaria a ser usada cerca de um século mais tarde, suplementando o de Patriarca (agora destinado a outro uso). Pedro foi o primeiro Bispo de Roma. Essa circunstância é importante, pois daí provém a primazia do Papa e da diocese de Roma sobre toda a Igreja Católica; posteriormente esse evento originaria os títulos "Apostólica" e "Romana".
[editar] Dados biográficos

    Mais informações: Primeiros discípulos de Jesus

Antes de se tornar um dos doze discípulos de Cristo, Simão era pescador. Teria nascido em Betsaida e morava em Cafarnaum. Era filho de um homem chamado João ou Jonas e tinha por irmão o também apóstolo André. Simão e André eram "empresários" da pesca e tinham sua própria frota de barcos, em sociedade com Tiago, João e o pai destes, Zebedeu.

Pedro era casado e tinha pelo menos um filho. Sua esposa era de uma família rica e moravam numa casa própria, cuja descrição é muito semelhante a uma vila romana, na cidade "romana" de Cafarnaum.

Segundo o relato em Lucas 5:1-11, no episódio conhecido como "Pesca milagrosa", Pedro teria conhecido Jesus quando este lhe pediu que utilizasse uma das suas barcas, de forma a poder pregar a uma multidão de gente que o queria ouvir. Pedro, que estava a lavar redes com Tiago e João, seus sócios e filhos de Zebedeu, concedeu-lhe o lugar na barca, que foi afastada um pouco da margem.

No final da pregação, Jesus disse a Simão que fosse pescar de novo com as redes em águas mais profundas. Pedro disse-lhe que tentara em vão pescar durante toda a noite e nada conseguira mas, em atenção ao seu pedido, fá-lo-ia. O resultado foi uma pescaria de tal monta que as redes iam rebentando, sendo necessária a ajuda da barca dos seus dois sócios, que também quase se afundava puxando os peixes. Numa atitude de humildade e espanto Pedro prostrou-se perante Jesus e disse para que se afastasse dele, já que é um pecador. Jesus encorajou-o, então, a segui-lo, dizendo que o tornará "pescador de homens".

Nos evangelhos sinóticos, o nome de Pedro sempre encabeça a lista dos discípulos de Jesus, o que na interpretação da Igreja Católica Romana deixa transparecer um lugar de primazia sobre o Colégio Apostólico. Não se descarta que Pedro, assim como seu irmão André, antes de seguir Jesus, tenha sido discípulo de João Batista.

Outro dado interessante era a estreita amizade entre Pedro e João Evangelista, fato atestado em todos os evangelhos, como por exemplo, na Última Ceia, quando pergunta ao Mestre, através do Discípulo amado (João), quem o haveria de trair ou quando ambos encontram o sepulcro de Cristo vazio no Domingo de Páscoa. Fato é que tal amizade perdurou até mesmo após a Ascensão de Jesus, como podemos constatar na cena da cura de um paralítico posto nas portas do Templo de Jerusalém.

Segundo a tradição defendida pela Igreja Católica Romana e pela Igreja Ortodoxa, o apóstolo Pedro, depois de ter exercido o episcopado em Antioquia, teria se tornado o primeiro Bispo de Roma. Segundo esta tradição, depois de solto da prisão em Jerusalém, o apóstolo teria viajado até Roma e ali permanecido até ser expulso com os judeus e cristãos pelo imperador Cláudio, época em que haveria voltado a Jerusalém para participar da reunião de apóstolos sobre os rituais judeus no chamado Concílio de Jerusalém. A Bíblia atesta que após esta reunião, Pedro ficou em Antioquia (como o seu companheiro de ministério, Paulo, afirma em sua carta aos gálatas). A tradição da Igreja Católica Romana afirma que depois de passar por várias cidades, Pedro haveria sido martirizado em Roma entre 64 e 67 d.C. Desde a Reforma, teólogos e historiadores protestantes afirmaram que Pedro não teria ido a Roma; esta tese foi defendida mais proeminentemente por Ferdinand Christian Baur, da Escola de Tübingen. Outros, como Heinrich Dressel, em 1872, declararam que Pedro teria sido enterrado em Alexandria, no Egito ou em Antioquia. Hoje, porém, os historiadores concordam que Pedro realmente viveu e morreu em Roma. O historiador luterano Adolf Harnack afirmou que as teses anteriores foram tendenciosas e prejudicaram o estudo sobre a vida de Pedro em Roma. Sua vida continua sendo objeto de investigação, mas o seu túmulo está localizado na Basílica de São Pedro, no Vaticano, o qual foi descoberto em 1950 após anos de meticulosa investigação.

Alguns pesquisadores acreditam que, assim como Judas Iscariotes, Pedro tenha sido um zelota, grupo que teria surgido dos fariseus e constituía-se de pequenos camponeses e membros das camadas mais pobres da sociedade. Este supostamente estaria comprovado em Marcos 3:18, assim como em Atos 1:13, no entanto, o certo "Simão, o Zelote" é na realidade uma pessoa distinta dentre as nomeações descritas nas referidas citações.
[editar] O primado de Pedro segundo a Igreja Católica
Cristo entrega as chaves do céu a Pedro (Perugino, Capela Sistina).

    Ver artigo principal: Confissão de Pedro

Toda a primeira parte do Evangelho gira em torno da identidade de Jesus. Quando perguntado, Simão foi o primeiro dos discípulos a responder essa pergunta: Jesus é o filho de Deus. É esse acontecimento que leva Jesus a chamá-lo de Pedro e é conhecido como Confissão de Pedro.

Encontramos o relato do evento em Mateus 16:13-19: Jesus pergunta aos seus discípulos (depois de se informar do que sobre ele corria entre o povo): "E vós, quem pensais que sou eu?".

Simão Pedro, respondendo, disse: "Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo". Jesus respondeu-lhe: "Bem-aventurado és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi carne ou sangue que te revelaram isso, e sim Meu Pai que está nos céus. Também Eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei Minha Igreja e as portas do Hades  nunca prevalecerão contra ela. Eu te darei as chaves do Reino dos Céus e o que ligares na terra será ligado nos céus. E o que desligares na terra será desligado nos céus".

João 21:15-17 e Lucas 22:31 também falam a respeito do primado de Pedro dever ser exercido particularmente na ordem da Fé, e que Cristo o torna chefe:

Jesus disse a Simão (Pedro): "Simão, filho de João, tu Me amas mais do que estes?" Ele lhe respondeu: "Sim, Senhor, tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Meus cordeiros". Segunda vez disse-lhe: "Simão filho de João, tu Me amas?" - "Sim, Senhor", disse ele, "tu sabes que te amo". Disse-lhe Jesus: "Apascenta Minhas ovelhas". Pela terceira vez lhe disse: "Simão filho de João, tu Me amas?" Entristeceu-se Pedro porque pela terceira vez lhe perguntara 'Tu Me amas?' e lhe disse: "Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo". Jesus lhe disse: "Apascenta Minhas ovelhas." (João 21:15-17).

«Simão, Simão, eis que Satanás pediu insistentemente para vos peneirar como trigo; Eu, porém, orei por ti, a fim de que tua fé não desfaleça. Quando, porém, te converteres, confirma teus irmãos.» (Lucas 22:31-32)

O apóstolo Pedro, o primeiro Bispo de Roma
São Pedro.
Por El Greco.
São Pedro.
Mosaico na Igreja de São Salvador em Chora, em Istambul.

A comunidade de Roma foi fundada pelos apóstolos Pedro e Paulo e é considerada a única comunidade cristã do mundo fundada por mais de um apóstolo e a única do Ocidente instituída por um deles. Por esta razão desde a antiguidade a comunidade de Roma (chamada atualmente de Santa Sé pelos católicos) teve o primado sobre todas as outras comunidades locais (dioceses); nessa visão o ministério de Pedro continua sendo exercido até hoje pelo Bispo de Roma (segundo o catolicismo romano), assim como o ministério dos outros apóstolos é cumprido pelos outros Bispos unidos a ele, que é a cabeça do colégio apostólico, do colégio episcopal. A sucessão papal (de Pedro) começou com São Lino (67) e, atualmente é exercida pelo papa Bento XVI.

Segundo essa visão, o próprio apóstolo Pedro atestou que exerceu o seu ministério em Roma ao concluir a sua primeira epístola: "A [Igreja] que está em Babilônia, eleita como vós, vos saúda, como também Marcos, meu filho." Trata-se da Igreja de Roma. Assim também o interpretaram todos os autores desde a Antiguidade, como abaixo, como sendo a Roma Imperial (decadente). O termo não pode referir-se à Babilônia sobre o Eufrates, que jazia em ruínas ou à Nova Babilônia (Selêucia) sobre o rio Tigre, ou à Babilônia Egípcia cerca de Mênfis, tampouco a Jerusalém; deve, portanto referir-se a Roma, a única cidade que é chamada Babilônia pela antiga literatura Cristã.
[editar] Testemunhos históricos de Pedro em Roma

Os historiadores atualmente acreditam que a tradição católica esteja correta; igualmente, muitas tradições antigas corroboram a versão de que Pedro esteve em Roma e que ali teria sido martirizado.

    * Clemente, terceiro bispo de Roma e discípulo de Pedro, por volta de (96) d.C., em sua Epístola aos Coríntios, faz clara alusão ao martírio deste e de Paulo em Roma:

    "Todavia, deixando os exemplos antigos, examinemos os atletas que viveram mais próximos de nós. Tomemos os nobres exemplos de nossa geração. Foi por causa do ciúme e da inveja que as colunas mais altas e justas foram perseguidas e lutaram até a morte. Consideremos os bons apóstolos. Pedro, pela inveja injusta, suportou não uma ou duas, mas muitas tribulações e, depois de ter prestado testemunho, foi para o lugar glorioso que lhe era devido. Por causa da inveja e da discórdia, Paulo mostrou o preço reservado à perseverança. Sete vezes carregando cadeias, exilado, apedrejado, tornando-se arauto no Oriente e no Ocidente, ele deu testemunho diante das autoridades, deixou o mundo e se foi para o lugar santo, tornando-se o maior modelo de perseverança".

    * Inácio de Antioquia, bispo, mártir e também discípulo de Pedro, em cerca de (107) d.C., em sua Epístola aos Romanos, a qual fora dirigida à comunidade cristã lá situada, refere-se nos seguintes termos ao martírio de Pedro e Paulo em Roma:

    "Não vos dou ordens como Pedro e Paulo; eles eram apóstolos, eu sou um condenado. Eles eram livres, e eu até agora sou um escravo".

    * Papias, bispo de Hierápolis, por volta de (140) d.C., ao tratar da origem do Evangelho de Marcos, atribui o relatado a João Marcos, companheiro de Paulo e Barnabé, a partir da convivência com os que haviam estado com Jesus, em especial Pedro quando este estava em Roma:

    "Papias, bispo de Hierápolis, atesta a atribuição do segundo evangelho a Marcos, “intérprete” de Pedro em Roma. O livro teria sido composto em Roma, depois da morte de Pedro (prólogo antimarcionita de século II, Ireneu) ou ainda durante sua vida (segundo Clemente de Alexandria). Quanto a Marcos, foi identificado como João Marcos, originário de Jerusalém (At 12,12), companheiro de Paulo e Barnabé (At 12,25; 13,5.13; 15,37-39; Cl 4,10) e, a seguir, de Pedro em “Babilônia” (isto é, provavelmente, em Roma) segundo 1Pd 5,13."


    * O bispo Dionísio de Corinto, em extrato de uma de suas cartas aos romanos (170) trata da seguinte forma o martírio de Pedro e Paulo:

    "Tendo vindo ambos a Corinto, os dois apóstolos Pedro e Paulo nos formaram na doutrina do Evangelho. A seguir, indo para a Itália, eles vos transmitiram os mesmos ensinamentos e, por fim, sofreram o martírio simultaneamente."


    * Gaio, presbítero romano, em 199:

    "Nós aqui em Roma temos algo melhor do que o túmulo de Filipe. Possuímos os troféus dos apóstolos fundadores desta Igreja local. Ide à Via Ostiense e lá encontrareis o troféu de Paulo; ide ao Vaticano e lá vereis o troféu de Pedro."

Gaio dirigiu-se nos seguintes termos a um grupo de hereges: "Posso mostrar-vos os troféus (túmulos) dos Apóstolos. Caso queirais ir ao Vaticano ou à Via Ostiense, lá encontrareis os troféus daqueles que fundaram esta Igreja."

    * Orígenes (185 - 253) responsável pela Escola Catequética de Alexandria afirmou:

    "Pedro, ao ser martirizado em Roma, pediu e obteve que fosse crucificado de cabeça para baixo"

    "Pedro, finalmente tendo ido para Roma, lá foi crucificado de cabeça para baixo."


    * Ireneu (130 - 202), Bispo de Lião (nascido em Izmir atual Turquia) referiu:

    "Para a maior e mais antiga a mais famosa Igreja, fundada pelos dois mais gloriosos Apóstolos, Pedro e Paulo." e ainda "Os bem-aventurados Apóstolos portanto, fundando e instituindo a Igreja, entregaram a Lino o cargo de administrá-la como bispo; a este sucedeu Anacleto; depois dele, em terceiro lugar a partir dos Apóstolos, Clemente recebeu o episcopado."

    "Mateus, achando-se entre os hebreus, escreveu o Evangelho na língua deles, enquanto Pedro e Paulo evangelizavam em Roma e aí fundavam a Igreja."

    * Formado como jurista Tertuliano (155-222 d.C.) falou da morte de Pedro em Roma:

    "A Igreja também dos romanos pública - isto é, demonstra por instrumentos públicos e provas - que Clemente foi ordenado por Pedro."

    "Feliz Igreja, na qual os Apóstolos verteram seu sangue por sua doutrina integral!" - e falando da Igreja Romana, "onde a paixão de Pedro se fez como a paixão do Senhor."

    "Nero foi o primeiro a banhar no sangue o berço da fé. Pedro então, segundo a promessa de Cristo, foi por outrem cingido quando o suspenderam na Cruz."


    * Eusébio (263-340 d.C.) Bispo de Cesareia, escreveu muitas obras de teologia, exegese, apologética, mas a sua obra mais importante foi a História Eclesiástica, onde ele narra a história da Igreja das origens até 303. Refere-se ao ministério exercido por Pedro:

    "Pedro, de nacionalidade galileia, o primeiro pontífice dos cristãos, tendo inicialmente fundado a Igreja de Antioquia, se dirige a Roma, onde, pregando o Evangelho, continua vinte e cinco anos Bispo da mesma cidade."

    * Epifânio (315-403 d.C.), Bispo de Constância (também foi Bispo de Salamina e Metropolita do Chipre) fala da sucessão dos Bispos de Roma:

    "A sucessão de Bispos em Roma é nesta ordem: Pedro e Paulo, Lino, Cleto, Clemente etc..."


    * Doroteu de Tiro:

    "Lino foi Bispo de Roma após o seu primeiro guia, Pedro."

    * Optato de Milevo:

    "Você não pode negar que sabe que na cidade de Roma a cadeira episcopal foi primeiro investida por Pedro, e que Pedro, cabeça dos Apóstolos, a ocupou."
    * Cipriano (martirizado em 258), Bispo de Cartago (norte da África), escreveu a obra "A Unidade da Igreja" (De Ecclesiae Unitate), onde diz:

    "A cátedra de Roma é a cátedra de Pedro, a Igreja principal, de onde se origina a unidade sacerdotal."


    * Santo Agostinho (354 - 430):

    "A Pedro sucedeu Lino."


Logo, apesar das opiniões divergentes que surgiram a partir da Reforma Protestante, era constante, unânime e ininterrupta a tradição segundo a qual Pedro pregou o evangelho em Roma e lá encontrou o martírio, o que é robustecido pelos escritos dos Pais da Igreja e pela arqueologia.
[editar] Opiniões discordantes
Baldaquino da Basílica moderna de São Pedro, de Bernini. O túmulo de São Pedro encontra-se diretamente abaixo desta estrutura.

Há linha de pensamento contrária. O testemunho mais antigo indicado é o de 1 Pedro 5:13: “Aquela que está em Babilônia, escolhida igual a vós, manda-vos os seus cumprimentos.” Numa nota ao pé da página, na Nova Bíblia Americana (em inglês), uma moderna tradução católica romana, identifica-se esta “Babilônia” do seguinte modo: “Roma, a qual, assim como a antiga Babilônia, conquistou Jerusalém e destruiu seu templo.” No entanto, esta mesma tradução católica reconhece que, se Pedro escreveu a carta, “ela deve datar de antes de 64-67 A. D., período em que se deu sua execução sob Nero”. Mas, Jerusalém só foi destruída pelos romanos em 70 E.C. De modo que, no tempo em que Pedro escreveu a sua carta, não existia nenhuma correlação entre Babilônia e Roma.

De maneira que a idéia de que Babilônia significa Roma simplesmente é interpretação, mas sem apoio de fatos. Isto foi questionado por eruditos católicos romanos dos séculos passados, incluindo Pedro de Marca, João Batista Mantuan, Miguel de Ceza, Marsile de Pádua, João Aventin, João Leland, Charles du Moulin, Luís Ellies Dupin e o famoso Desidério (Gerhard) Erasmo. O historiador eclesiástico Dupin escreveu:

“A Primeira Epístola de Pedro é datada de Babilônia. Muitos dos antigos compreenderam este nome como significando Roma; mas não aparece nenhum motivo que pudesse induzir S. Pedro a mudar o nome de Roma para o de Babilônia. Como poderiam aqueles a quem escreveu entender que Babilônia significava Roma?” Além das referências a “Babilônia, a Grande”, no livro de Revelação ou Apocalipse, apenas uma cidade é chamada Babilônia nas Escrituras Sagradas. Esta cidade é a Babilônia situada junto ao Eufrates. Teria sido de lá que Pedro escreveu?

Evidência histórica mostra que sim. Embora Babilônia entrasse em decadência depois de sua queda diante dos medos e dos persas, ela continuou a existir. Havia uma considerável população judaica na vizinhança de Babilônia, nos primeiros séculos da Era Comum. A enciclopédia The International Standard Bible Encyclopedia diz: ‘Babilônia permaneceu um foco do judaísmo oriental durante séculos, e, das discussões nas escolas rabínicas ali foi elaborado o Talmude de Jerusalém no quinto século de nossa era, e o Talmude de Babilônia, um século depois.’

Pedro deve ter querido dizer exatamente o que escreveu. Isto se torna evidente da decisão que tomou alguns anos antes de escrever sua primeira carta inspirada. Numa reunião com Paulo e Barnabé, ele concordou em continuar a devotar seus esforços para divulgar o evangelho entre os judeus. Lemos: “Viram que a evangelização dos incircuncisos me era confiada [i. e., a Paulo], como a dos circuncisos a Pedro, (por que aquele cuja ação fez de Pedro o Apóstolo dos circuncisos, fez também de mim o dos pagãos [gentios]). Tiago, Cefas e João, que são considerados as colunas, reconhecendo a graça que me foi dada, deram as mãos a mim e a Barnabé em sinal de pleno acordo: iríamos aos pagãos, e eles aos circuncidados [judeus].” (Gál. 2:7-9, Centro Bíblico Católico) Por conseguinte, Pedro teria razoavelmente trabalhado num centro do judaísmo, tal como Babilônia, em vez de em Roma, com a sua população predominantemente gentia ou pagã.

O texto, porém, acaba sendo a única fonte de Pedro em Babilônia, deixando a questão ainda como objeto de estudo histórico.
[editar] Os textos escritos pelo apóstolo

O Novo Testamento inclui duas epístolas cuja autoria é atribuída a Pedro: A "Primeira epístola de São Pedro e a Segunda epístola de São Pedro".
[editar] Indícios arqueológicos
Crucifixão de São Pedro (Santa Maria del Popolo, Roma, Caravaggio, 1600).

    Ver artigo principal: Túmulo de São Pedro

A partir da década de 1950 intensificaram-se as escavações no subsolo da Basílica de São Pedro, lugar tradicionalmente reconhecido como provável túmulo do apóstolo e próximo de seu martírio no muro central do Circo de Nero. Após extenuantes e cuidadosos trabalhos, inclusive com remoção de toneladas de terra que datava do corte da Colina Vaticana para a terraplanagem da construção da primeira basílica na época de Constantino, a equipe chefiada pela arqueóloga italiana Margherita Guarducci encontrou o que seria uma necrópole atribuída a Pedro, inclusive uma parede repleta de grafitos com a expressão Petrós Ení, que, em grego, significa "Pedro está aqui".

Também foram encontrados, em um nicho, fragmentos de ossos de um homem robusto e idoso, entre 60-70 anos, envoltos em restos de tecido púrpura com fios de ouro que se acredita, com muita probabilidade, serem de Pedro. A data real do martírio, de acordo com um cruzamento de datas feito pela arqueóloga, seria 13 de outubro de 64 d.C. e não 29 de junho, data em que se comemorava o traslado dos restos mortais de Pedro e São Paulo para a estada dos mesmos nas Catacumbas de São Sebastião durante a perseguição do imperador romano Valeriano em 257.




FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Pedro

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Pedro Bial - scolhas de uma vida

Escolhas de uma vida


A certa altura do filme Crimes e Pecados, o personagem interpretado por Woody Allen diz: "Nós somos a soma das nossas decisões".

Essa frase acomodou-se na minha massa cinzenta e de lá nunca mais saiu. Compartilho do ceticismo de Allen: a gente é o que a gente escolhe ser, o destino pouco tem a ver com isso.


Desde pequenos aprendemos que, ao fazer uma opção,estamos descartando outra, e de opção em opção vamos tecendo essa teia que se convencionou chamar "minha vida".


Não é tarefa fácil. No momento em que se escolhe ser médico, se está abrindo mão de ser piloto de avião. Ao optar pela vida de atriz, será quase impossível conciliar com a arquitetura. No amor, a mesma coisa: namora-se um, outro, e mais outro, num excitante vaivém de romances. Até que chega um momento em que é preciso decidir entre passar o resto da vida sem compromisso formal com alguém, apenas vivenciando amores e deixando-os ir embora quando se findam, ou casar, e através do casamento fundar uma microempresa, com direito a casa própria, orçamento doméstico e responsabilidades.


As duas opções têm seus prós e contras: viver sem laços e viver com laços...


Escolha: beber até cair ou virar vegetariano e budista? Todas as alternativas são válidas, mas há um preço a pagar por elas.


Quem dera pudéssemos ser uma pessoa diferente a cada 6 meses, ser casados de segunda a sexta e solteiros nos finais de semana, ter filhos quando se está bem-disposto e não tê-los quando se está cansado. Por isso é tão importante o auto conhecimento. Por isso é necessário ler muito, ouvir os outros, estagiar em várias tribos, prestar atenção ao que acontece em volta e não cultivar preconceitos. Nossas escolhas não podem ser apenas intuitivas, elas têm que refletir o que a gente é. Lógico que se deve reavaliar decisões e trocar de caminho: Ninguém é o mesmo para sempre.


Mas que essas mudanças de rota venham para acrescentar, e não para anular a vivência do caminho anteriormente percorrido. A estrada é longa e o tempo é curto.Não deixe de fazer nada que queira, mas tenha responsabilidade e maturidade para arcar com as conseqüências destas ações.


Lembrem-se: suas escolhas têm 50% de chance de darem certo, mas também 50% de chance de darem errado. A escolha é sua...!


Pedro Bial 

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Florbela Espanca - Fanatismo

Fanatismo


Minh’alma, de sonhar-te, anda perdida
Meus olhos andam cegos de te ver!
Não és sequer razão de meu viver,
Pois que tu és já toda a minha vida!
Não vejo nada assim enlouquecida…
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!
“Tudo no mundo é frágil, tudo passa…”
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!
E, olhos postos em ti, vivo de rastros:
“Ah! Podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!…”




Florbela Espanca

terça-feira, 26 de junho de 2012

Cecília Meireles - Retrato

 Retrato



"Eu não tinha este rosto de hoje, 

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo.

Eu não tinha estas mãos sem força, 

tão paradas e frias e mortas; 

eu não tinha este coração que nem se mostra.

Eu não dei por esta mudança, 

tão simples, tão certa, tão fácil: 

Em que espelho ficou perdida a minha face?"


Cecília Meireles

segunda-feira, 25 de junho de 2012

Augusto Branco - Vida

Vida


 
Já perdoei erros quase imperdoáveis,
tentei substituir pessoas insubstituíveis
e esquecer pessoas inesquecíveis.

Já fiz coisas por impulso,

já me decepcionei com pessoas
que eu nunca pensei que iriam me decepcionar,
mas também já decepcionei alguém.

Já abracei pra proteger,

já dei risada quando não podia,
fiz amigos eternos,
e amigos que eu nunca mais vi.

Amei e fui amado,

mas também já fui rejeitado,
fui amado e não amei.

Já gritei e pulei de tanta felicidade,

já vivi de amor e fiz juras eternas,
e quebrei a cara muitas vezes!

Já chorei ouvindo música e vendo fotos,

já liguei só para escutar uma voz,
me apaixonei por um sorriso,
já pensei que fosse morrer de tanta saudade
e tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo).

Mas vivi!

E ainda vivo!
Não passo pela vida.
E você também não deveria passar!

Viva!!


Bom mesmo é ir à luta com determinação,

abraçar a vida com paixão,
perder com classe
e vencer com ousadia,
porque o mundo pertence a quem se atreve
e a vida é muito para ser insignificante.



Augusto Branco

domingo, 24 de junho de 2012

Nascimento de João Batista

O Nascimento de João Batista (ou Dia de São João ou Nascimento do Precursor) é uma festa cristã celebrando o nascimento de João Batista, um profeta que previu o advento do Messias na pessoa de Jesus Cristo e o batizou. Esta festa é amplamente comemorada no mundo cristão no dia 24 de junho e é uma das festas juninas.


Significado

O cristãos há muito interpretam a vida de João Batista como uma preparação para o advento de Jesus e as circunstâncias de seu nascimento, relatados no Novo Testamento, são também milagrosos. O único relato bíblico sobre o nascimento do profeta está no Evangelho de Lucas. Os pais de João, Zacarias - um sacerdote judeu - e Isabel não tinham filhos e já haviam passado da idade de tê-los. Durante uma jornada de trabalho servindo no Templo de Jerusalém, ele foi escolhido por sorteio para oferecer incenso no Altar Dourado no Santo dos Santos. O Arcanjo Gabriel apareceu para ele e anunciou que ele e sua esposa iriam dar à luz uma criança e que ele deveria chamá-lo de João. Porém, por não ter acreditado na mensagem de Gabriel, ele ficou mudo até o nascimento de seu filho. Os seus parentes quiseram então dar-lhe o nome do pai e Zacarias, sem poder falar, escreveu: "Seu nome é João" e sua voz voltou. Depois de ter obedecido o comando de Deus, ele recebeu o dom da profecia e previu o futuro de João. O cântico que Zacarias profere em seguinda, chamado Benedictus, é utilizado até hoje nos serviços litúrgicos de diversas denominações cristãs.

Na Anunciação, quando o Arcanjo Gabriel apareceu para a Virgem Maria para informá-la que ela iria conceber seu filho Jesus através do Espírito Santo, ele também a informou de que Isabel, sua prima, já estava grávida de seis meses. Maria então viajou para visitar Isabel. O Evangelho de Lucas relata que o bebê "chutou" no ventre de Isabel quando ela cumprimentou Maria.
Celebração litúrgica

O Dia de São João é um dos mais antigos festivais do cristianismo, já aparecendo no concílio de Agde, em 506 d.C., como um dos principais festivais da época, um feriado e, como o Natal, era celebrado com três missas: uma pela manhã, uma ao meio-dia e outra no pôr-do-sol.

O nascimento de João Batista no dia de 24 de junho ocorre três meses depois da celebração da Anunciação, em 25 de março e seis meses antes do Natal, que celebra o nascimento de Jesus. Obviamente, o objetivo das festas não é marcar a data exata destes eventos, mas sim comemorá-los de forma interligada.
No cristianismo ocidental

O nascimento de São João Batista é um feriado importante no calendário dos santos, mantido pelas Igrejas Católica, Anglicana e Luterana. No rito romano ela é celebrada como uma solenidade desde 1970 e como uma festa de primeira classe na forma do rito vigente até 1962. Ela tem precedência sobre o domingo se cair em um. As igrejas reformadas e igrejas livres dão menos proeminência para esta festa.

O dia da morte de um santo é geralmente comemorado na sua festa, com exceção de Jesus, da Virgem Maria e de João Batista, embora a morte deles também seja celebrada no calendário litúrgico (Jesus na Sexta-Feira Santa, Maria na Assunção de Maria e João na Decapitação de João Batista). A razão - na doutrina católica - é que São João, como Jeremias e a Virgem, foi purificado do pecado original antes de seu nascimento, embora o nascimento de João não seja imaculado como no caso da Virgem.

A festa do Batismo de Jesus comemora o batismo realizado por João em Jesus.
No cristianismo oriental

Na Igreja Ortodoxa e em outras Igrejas Orientais, São João Batista é geralmente chamado de São João, o Precursor, um título utilizado também no ocidente (em grego: Πρόδρομος e em latim: Precursor). Este título indica que o objetivo do seu ministério era preparar o caminho para o advento de Jesus. No oriente também, o dia de São João é celebrado em 24 de junho. É uma festa maior e é celebrado como uma vigília de noite inteira e com uma pós-festa de um dia.
Celebração

    Ver artigo principal: Festas juninas

Comemoração de São João em Braga, em Portugal.

A questão naturalmente surge sobre o motivo da celebração se realizar no dia 24 ao invés do dia seguinte, se o objetivo é cair precisamente seis meses antes do Natal. Já foi por vezes alegado que as autoridades da Igreja queriam cristianizar as celebrações pagãs do solstício e, por isto, colocaram a festa de São João como substituta. Esta explicação é questionável, pois durante a Idade Média o solstício acontecia no meio de junho por conta da inacuracidade do calendário juliano. Foi apenas em 1582, com a introdução do calendário gregoriano, que o solstício retornou ao dia 21 de junho como acontecia no século IV.

Portanto, uma explicação mais provável do motivo pelo qual a festa cai em 24 e junho está no modo de contagem romano, que procedia de trás para frente a partir das "calendas" (primeiro dia) do mês seguinte. O Natal era "o oitavo dia das calendas de janeiro" (Octavo Kalendas Januarii). Consequentemente, o nascimento de São João foi colocado no "oitavo dia antes das calendas de Julho". Porém, como junho tinha apenas 30 dias, a festa caiu finalmente no dia 24 de junho.

De qualquer forma, o significado da festa caindo por volta do solstício é considerado como significativo, relembrando as palavras do próprio João Batista sobre Jesus: «É necessário que ele cresça, e que eu diminua» (João 3:30).

Junto com a Festa de São Pedro e São Paulo e a Festa de Santo Antônio, a Festa de São João é celebrada por todos os países lusófonos como parte das festas juninas, onde o sincretismo do significado religioso e pré-cristão é mais evidente.
 Costumes

Além da comemoração religiosa, muitos costumes regionais associados com o nascimento de João Batista são, na realidade, mais relacionados com a concomitante celebração do meio do verão (solstício), resquícios dos tempos pré-cristãos.


FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Festa_de_S%C3%A3o_Jo%C3%A3o

sábado, 23 de junho de 2012

Clarice Lispector - Há Momentos

Há Momentos



Há momentos na vida em que sentimos tanto
a falta de alguém que o que mais queremos
é tirar esta pessoa de nossos sonhos
e abraçá-la.

Sonhe com aquilo que você quiser.
Seja o que você quer ser,
porque você possui apenas uma vida
e nela só se tem uma chance
de fazer aquilo que se quer.

Tenha felicidade bastante para fazê-la doce.
Dificuldades para fazê-la forte.
Tristeza para fazê-la humana.
E esperança suficiente para fazê-la feliz.

As pessoas mais felizes
não têm as melhores coisas.
Elas sabem fazer o melhor
das oportunidades que aparecem
em seus caminhos.

A felicidade aparece para aqueles que choram.
Para aqueles que se machucam.
Para aqueles que buscam e tentam sempre.
E para aqueles que reconhecem
a importância das pessoas que passam por suas vidas.

O futuro mais brilhante
é baseado num passado intensamente vivido.
Você só terá sucesso na vida
quando perdoar os erros
e as decepções do passado.

A vida é curta, mas as emoções que podemos deixar
duram uma eternidade.
A vida não é de se brincar
porque um belo dia se morre.

Clarice Lispector

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Juan Rulfo (El llano en llamas) - Nos han dado la tierra

Nos han dado la tierra 



Después de tantas horas de caminar sin encontrar ni una sombra de árbol, ni una semilla de árbol, ni una raíz de nada, se oye el ladrar de los perros.
Uno ha creído a veces, en medio de este camino sin orillas, que nada habría después; que no se podría encontrar nada al otro lado, al final de esta llanura rajada de grietas y de arroyos secos. Pero sí, hay algo. Hay un pueblo. Se oye que ladran los perros y se siente en el aire el olor del humo, y se saborea ese olor de la gente como si fuera una esperanza.

Pero el pueblo está todavía muy allá. Es el viento el que lo acerca.
Hemos venido caminando desde el amanecer. Ahorita son algo así como las cuatro de la tarde. Alguien se asoma al cielo, estira los ojos hacia donde está colgado el sol y dice:
-Son como las cuatro de la tarde.
Ese alguien es Melitón. Junto con él, vamos Faustino, Esteban y yo. Somos cuatro. Yo los cuento: dos adelante, otros dos atrás. Miro más atrás y no veo a nadie. Entonces me digo: "Somos cuatro." Hace rato, como a eso de las once, éramos veintitantos, pero puñito a puñito se han ido desperdigando hasta quedar nada más que este nudo que somos nosotros.
 Faustino dice:
-Puede que llueva.
Todos levantamos la cara y miramos una nube negra y pesada que pasa por encima de nuestras cabezas. Y pensamos: "Puede que sí."
No decimos lo que pensamos. Hace ya tiempo que se nos acabaron las ganas de hablar. Se nos acabaron con el calor. Uno platicaría muy a gusto en otra parte, pero aquí cuesta trabajo. Uno platica aquí y las palabras se calientan en la boca con el calor de afuera, y se le resecan a uno en la lengua hasta que acaban con el resuello. Aquí así son las cosas. Por eso a nadie le da por platicar.

Cae una gota de agua, grande, gorda, haciendo un agujero en la tierra y dejando una plasta como la de un salivazo. Cae sola. Nosotros esperamos a que sigan cayendo más y las buscamos con los ojos. Pero no hay ninguna más. No llueve. Ahora si se mira el cielo se ve a la nube aguacera corriéndose muy lejos, a toda prisa. El viento que viene del pueblo se le arrima empujándola contra las sombras azules de los cerros. Y a la gota caída por equivocación se la come la tierra y la desaparece en su sed.
¿Quién diablos haría este llano tan grande? ¿Para qué sirve, eh?
Hemos vuelto a caminar. Nos habíamos detenido para ver llover. No llovió. Ahora volvemos a caminar. Y a mí se me ocurre que hemos caminado más de lo que llevamos andado. Se me ocurre eso. De haber llovido quizá se me ocurrieran otras cosas. Con todo, yo sé que desde que yo era muchacho, no vi llover nunca sobre el llano, lo que se llama llover.

No, el Llano no es cosa que sirva. No hay ni conejos ni pájaros. No hay nada. A no ser unos cuantos huizaches trespeleques y una que otra manchita de zacate con las hojas enroscadas; a no ser eso, no hay nada.
Y por aquí vamos nosotros. Los cuatro a pie. Antes andábamos a caballo y traíamos terciada una carabina. Ahora no traemos ni siquiera la carabina.
Yo siempre he pensado que en eso de quitarnos la carabina hicieron bien. Por acá resulta peligroso andar armado. Lo matan a uno sin avisarle, viéndolo a toda hora con "la 30" amarrada a las correas. Pero los caballos son otro asunto. De venir a caballo ya hubiéramos probado el agua verde del río, y paseado nuestros estómagos por las calles del pueblo para que se les bajara la comida. Ya lo hubiéramos hecho de tener todos aquellos caballos que teníamos. Pero también nos quitaron los caballos junto con la carabina.

Vuelvo hacia todos lados y miro el Llano. Tanta y tamaña tierra para nada. Se le resbalan a uno los ojos al no encontrar cosa que los detenga. Sólo unas cuantas lagartijas salen a asomar la cabeza por encima de sus agujeros, y luego que sienten la tatema  del sol corren a esconderse en la sombrita de una piedra. Pero nosotros, cuando tengamos que trabajar aquí, ¿qué haremos para enfriarnos del sol, eh? Porque a nosotros nos dieron esta costra de tapetate para que la sembráramos.
Nos dijeron:
-Del pueblo para acá es de ustedes.
Nosotros preguntamos:
-¿El Llano?
-Sí, el Llano. Todo el Llano Grande.
Nosotros paramos la jeta para decir que el Llano no lo queríamos. Que queríamos lo que estaba junto al río. Del río para allá, por las vegas, donde están esos árboles llamados casuarinas y las paraneras y la tierra buena. No este duro pellejo de vaca que se llama Llano.

Pero no nos dejaron decir nuestras cosas. El delegado no venía a conversar con nosotros. Nos puso los papeles en la mano y nos dijo:
-No se vayan a asustar por tener tanto terreno para ustedes solos.
-Es que el Llano, señor delegado...
-Son miles y miles de yuntas.
-Pero no hay agua. Ni siquiera para hacer un buche hay agua.
¿Y el temporal? Nadie les dijo que se les iba a dotar con tierras de riego. En cuanto allí llueva, se levantará el maíz como si lo estiraran.
-Pero, señor delegado, la tierra está deslavada, dura. No creemos que el arado se entierre en esa como cantera que es la tierra del Llano. Habría que hacer agujeros con el azadón para sembrar la semilla y ni aun así es positivo que nazca nada; ni maíz ni nada nacerá.

-Eso manifiéstenlo por escrito. Y ahora váyanse. Es al latifundio al que tienen que atacar, no al Gobierno que les da la tierra.
-Espérenos usted, señor delegado. Nosotros no hemos dicho nada contra el Centro. Todo es contra el Llano... No se puede contra lo que no se puede. Eso es lo que hemos dicho... Espérenos usted para explicarle. Mire, vamos a comenzar por donde íbamos...
Pero él no nos quiso oír.
Así nos han dado esta tierra. Y en este comal acalorado quieren que sembremos semillas de algo, para ver si algo retoña y se levanta. Pero nada se levantará de aquí. Ni zopilotes. Uno los ve allá cada y cuando, muy arriba, volando a la carrera; tratando de salir lo más pronto dposible de este blanco terregal endurecido, donde nada se mueve y por donde uno camina como reculando.

Melitón dice:
-Esta es la tierra que nos han dado.
Faustino dice:
-¿Qué?
Yo no digo nada. Yo pienso: "Melitón no tiene la cabeza en su lugar. Ha de ser el calor el que lo hace hablar así. El calor, que le ha traspasado el sombrero y le ha calentado la cabeza. Y si no, ¿por qué dice lo que dice? ¿Cuál tierra nos han dado, Melitón? Aquí no hay ni la tantita que necesitaría el viento para jugar a los remolinos."

Melitón vuelve a decir:
-Servirá de algo. Servirá aunque sea para correr yeguas .
-¿Cuáles yeguas? -le pregunta Esteban.
Yo no me había fijado bien a bien en Esteban. Ahora que habla, me fijo en él.
Lleva puesto un gabán que le llega al ombligo, y debajo del gabán saca la cabeza algo así como una gallina.
Sí, es una gallina colorada la que lleva Esteban debajo del gabán. Se le ven los ojos dormidos y el pico abierto como si bostezara. Yo le pregunto:
-Oye, Teban, ¿de dónde pepenaste esa gallina?
-Es la mía- dice él.
-No la traías antes. ¿Dónde la mercaste, eh?
-No la merque, es la gallina de mi corral.
-Entonces te la trajiste de bastimento, ¿no?
-No, la traigo para cuidarla. Mi casa se quedó sola y sin nadie para que le diera de comer; por eso me la traje. Siempre que salgo lejos cargo con ella.
-Allí escondida se te va a ahogar. Mejor sácala al aire.
Él se la acomoda debajo del brazo y le sopla el aire caliente de su boca. Luego dice:
-Estamos llegando al derrumbadero.
Yo ya no oigo lo que sigue diciendo Esteban. Nos hemos puesto en fila para bajar la barranca y él va mero adelante. Se ve que ha agarrado a la gallina por las patas y la zangolotea a cada rato, para no, golpearle la cabeza contra las piedras.
Conforme bajamos, la tierra se hace buena. Sube polvo desde nosotros como si fuera un atajo de mulas lo que bajará por allí; pero nos gusta llenarnos de polvo. Nos gusta. Después de venir durante once horas pisando la dureza del Llano, nos sentimos muy a gusto envueltos en aquella cosa que brinca sobre nosotros y sabe a tierra.

Por encima del río, sobre las copas verdes de las casuarinas, vuelan parvadas de chachalacas verdes. Eso también es lo que nos gusta.
Ahora los ladridos de los perros se oyen aquí, junto a nosotros, y es que el viento que viene del pueblo retacha en la barranca y la llena de todos sus ruidos.
Esteban ha vuelto a abrazar su gallina cuando nos acercamos a las primeras casas. Le desata las patas para desentumecerla, y luego él y su gallina desaparecen detrás de unos tepemezquites.
-¡Por aquí arriendo yo! -nos dice Esteban.
Nosotros seguimos adelante, más adentro del pueblo.
La tierra que nos han dado está allá arriba.





Juan Rulfo (El llano en llamas) 

quinta-feira, 21 de junho de 2012

Rachel de Queiroz



É um erro frequente em que caem os pais;
ao nascer o menino, junto com as fraldas,
eles lhe preparam um futuro.
Não pensam que aquele filho é uma pessoa.
Que terá seus sonhos próprios e suas ambições próprias.
Parece que o mais prudente para o pai é não se antecipar.
 É comovente a revolta dos pais ante essa "desobediência",
quando não seguem o que foi mandado, dos meninos,
como se eles fossem obrigados a alimentar sonhos por conta dos sonhos paternos.